Já percebeu como a forma de pagar produtos e serviços está sempre mudando? Parece até difícil acompanhar. Ultimamente, uma expressão tem chamado atenção no mundo dos negócios: split payment. Pode parecer complicado, mas prometo que a lógica é simples. Se você entende um pouco de compras, já ouviu falar de impostos como ICMS, ISS, PIS, Cofins… Agora, imagine um sistema onde esses impostos já são separados na hora em que você realiza o pagamento. É disso que estamos falando.
O split payment, em português “pagamento dividido”, foi oficialmente introduzido em janeiro de 2025, pela Lei Complementar nº 214, com o intuito de decidir de onde o dinheiro dos impostos sai e vai direto para o governo, sem dar chance de que algum fornecedor esqueça de repassar essa parte. A ideia: cortar caminho, aumentar a transparência e simplificar para o consumidor e o empresário.
Um novo jeito de pagar, mais claro para todos.
Como o split payment funciona na prática
Quando falamos em split payment, imagine que toda vez que você faz uma compra, o valor é “fatiado” automaticamente. Uma parte vai para o vendedor como de costume, outra parte, destinada aos impostos, segue direto para o governo. Ou seja, nem passa pela mão da empresa.
Para você entender melhor, imagine uma compra de R$ 1.000,00. Desses, R$ 800,00 são do produto ou serviço, e R$ 200,00 correspondem aos tributos, como IBS e CBS, que substituem os antigos ICMS, PIS, Cofins e ISS. Assim, quando você paga, o sistema já separa:
- R$ 800,00 para o fornecedor
- R$ 200,00 vão direto ao Fisco
Segundo a própria legislação, tudo ocorre de forma automática, sem intermediários ou complicações no meio do caminho.
Agora, pense rápido: quantas vezes você pediu comida por aplicativo? Em plataformas como iFood, já existe retenção de valores – parte do pagamento da sua pizza, por exemplo, vai diretamente para taxas e impostos antes de chegar ao restaurante. A diferença é que, com o novo split payment, isso será padronizado e expandido para todas as compras de produtos e serviços, seja on-line ou presencial.
Tributos envolvidos: IBS e CBS
Os tributos que entram no split payment serão o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Eles vêm para substituir outros impostos mais antigos, e tornam esse novo método mais simples de controlar. Para quem está acostumado com nomes ICMS, ISS, PIS e Cofins, agora são só dois principais tributos para focar.
Tudo isso veio com as mudanças trazidas pela Lei Complementar nº 214/2025. O consumidor não precisa mais se preocupar com cobranças duplicadas ou erros na hora de calcular tributos. Até parece um alívio, não?
Por que o split payment foi criado?
Esse mecanismo foi pensado, entre outras razões, para evitar um problema bem brasileiro: a falta de recolhimento de impostos por alguns fornecedores. Quantas notícias você já leu sobre empresas que ficaram devendo ao Fisco ou deixaram de repassar tributos retidos do consumidor? Com o split payment, isso acaba, pois a retenção é automática. Tira o peso das costas do empresário e traz mais segurança para quem compra.
Menos chance de erro. Mais confiança para todos.
Modalidades do split payment
Talvez você esteja imaginando: Se cada empresa vende de um jeito, como o split payment se adapta? Pois bem, a Lei Complementar nº 214/2025 foi além da simples divisão e criou quatro modos de operar:
- Super inteligente: ajusta automaticamente em tempo real conforme os créditos tributários do fornecedor. Se ele tem saldo positivo de créditos, menos imposto é retido no ato.
- Inteligente: todo tributo é retido na fonte e, caso o contribuidor tenha créditos, o dinheiro é ressarcido em até três dias úteis.
- Simplificada: aplica-se uma alíquota média ao tributo. É uma solução prática, mas não tão personalizada quanto as outras opções.
- Manual: para transações não digitais, quando não pode ser feito automaticamente, usa-se a emissão manual dos boletos de pagamento e protocolos próprios.
A escolha da modalidade pode depender do tamanho do negócio, da estrutura tecnológica, ou mesmo do perfil de operação. Dá até para pensar: talvez nem todas as empresas se adaptem da noite para o dia. Há um processo, precisa de ajustes, de adaptação.
Exemplo prático: compra de R$ 1.000,00
Parece abstrato até fazer a conta no papel, então vamos a um exemplo rápido. Imagine que você comprou um notebook por R$ 1.000,00. No momento do pagamento:
- Valor pago: R$ 1.000,00
- Valor do produto: R$ 800,00
- Tributos (IBS + CBS): R$ 200,00 (25% do total)
O sistema faz a divisão automaticamente:
- O vendedor recebe R$ 800,00 na hora.
- O governo recebe R$ 200,00 instantaneamente.
Simples, direto, transparente. Essa lógica facilita até a vida o contador ou do responsável pelas finanças da empresa, já que o controle sobre os tributos fica menos sujeito a erros e mal-entendidos. Empresas como a MCO Contábil já estão de olho nisso, ajudando a organizar os departamentos fiscais para que nada passe batido nesse novo formato.
A reforma tributária e o futuro dos negócios
A reforma tributária brasileira é uma das mais aguardadas do século. E o split payment é uma das suas faces mais visíveis e cotidianas. Isso transforma a experiência de consumidores, pequenas e grandes empresas, contadores, advogados e consultores financeiros. Traz obrigações novas, exige atualização constante e muita atenção à nova legislação.
Profissionais de contabilidade e finanças vão precisar rever processos internos, inserir rotinas de conferência dos splits feitos pelas maquininhas ou sistemas e garantir que tudo esteja de acordo com a nova lei. Ferramentas de contabilidade digital, como as da MCO Contábil, se mostram mais necessárias do que nunca para que as empresas cumpram todas essas obrigações e ainda identifiquem oportunidades de economia tributária.
O futuro já começou; é hora de se preparar.
Conclusão
O split payment veio para ficar. Se você compra, vende ou gerencia um negócio, precisa estar atento a essa mudança. Os impostos agora têm caminho separado, a contabilidade fica menos complicada e o risco de inadimplência cai. Mas toda grande transformação pede preparação. Por isso, buscar orientação especializada, como os serviços da MCO Contábil, faz toda a diferença nessa fase de adaptação. Quer entender mais? Fale conosco e veja como podemos ajudar sua empresa a navegar pela nova era tributária com clareza e segurança.
Perguntas frequentes
O que é split payment?
Split payment, ou pagamento dividido, é um sistema em que o valor de uma compra é automaticamente separado entre o fornecedor e o governo. Os tributos (como IBS e CBS) são repassados diretamente ao Fisco no momento da transação, sem passar pelas mãos da empresa.
Como funciona o split payment nas compras?
Funciona assim: ao pagar um produto ou serviço, o sistema já separa automaticamente quanto é para o vendedor e quanto é para os impostos. O valor do imposto vai direto para o governo, reduzindo a chance de erro ou inadimplência.
Split payment vale a pena usar?
Sim, pois traz mais transparência para todos os envolvidos e reduz o risco de problemas fiscais. Facilita o controle das empresas e do próprio governo sobre o recolhimento dos tributos.
Quais são as vantagens do split payment?
As principais vantagens são: mais transparência, redução da inadimplência de impostos, menos burocracia na apuração de tributos e menor risco de autuações fiscais. Além disso, empresas e contadores têm melhor previsibilidade.
Como ativar split payment na minha conta?
A ativação do split payment depende do tipo de sistema de pagamento utilizado pela empresa. Para microempreendedores e empresas, é importante buscar orientação com uma contabilidade digital, como a MCO Contábil, para garantir que tudo esteja configurado corretamente conforme a legislação vigente a partir de 2026.
