Escolher o regime tributário certo é uma das decisões mais importantes para qualquer empresa no Brasil. Isso impacta diretamente na carga de impostos, na burocracia, nos custos operacionais e no risco de multas por descumprimento de obrigações.
Mas você sabe exatamente quais são as obrigações fiscais, contábeis e acessórias de quem está no Simples Nacional, no Lucro Presumido ou no Lucro Real?
Se a sua resposta é “não sei exatamente”, este guia vai esclarecer tudo.🔍 O que são Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real?
🟩 Simples Nacional
- Para quem é: Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) com faturamento até R$ 4,8 milhões/ano.
- Vantagem: Reúne vários impostos em uma única guia (DAS), simplificando o pagamento.
- Regime simplificado, mas nem sempre mais barato.
🟨 Lucro Presumido
- Para quem é: Empresas com faturamento até R$ 78 milhões/ano que não optam pelo Simples.
- Como funciona: O governo presume uma margem de lucro sobre o faturamento para cálculo dos impostos federais.
- Mais simples que o Lucro Real, porém menos flexível.
🟥 Lucro Real
- Para quem é: Empresas obrigadas (como bancos, financeiras) ou que optam, geralmente com margens menores ou operações mais complexas.
- Como funciona: O imposto é calculado sobre o lucro efetivamente apurado, após todas as despesas, custos e deduções.
- Mais complexo, porém, pode ser vantajoso para empresas com lucro baixo ou prejuízo contábil.
⚖️ Obrigações Fiscais: O que muda entre eles?
Regime | Impostos | Guias/Declarações |
---|---|---|
Simples Nacional | DAS (INSS Patronal pode ser fora do DAS em alguns casos) | – PGDAS-D (mensal) – DEFIS (anual) – eSocial, DCTFWeb, FGTS (se houver funcionários) |
Lucro Presumido | – IRPJ – CSLL – PIS (0,65%) – COFINS (3%) – ISS ou ICMS – INSS patronal | – DCTF (mensal) – EFD Contribuições (PIS/COFINS – mensal) – SPED Fiscal (se ICMS ou IPI) – DIRF (anual) |
Lucro Real | – IRPJ – CSLL – PIS (1,65%) – COFINS (7,6%) – ISS ou ICMS – INSS patronal | – DCTF (mensal) – EFD Contribuições – ECD (SPED Contábil) – ECF (SPED Fiscal) – SPED Fiscal (se ICMS/IPI) – DIRF |
🔥 Detalhes importantes:
- 🔸 Simples: Tem menos declarações, mas continua obrigado a eSocial, FGTS e obrigações trabalhistas.
- 🔸 Lucro Presumido: Apesar de parecer simples, exige SPED Contribuições, DCTF e controle apurado das receitas.
- 🔸 Lucro Real: É o mais complexo, com obrigações contábeis rigorosas, controles de despesas, custos, provisões, e ainda requer mais entrega de declarações acessórias.
📊 Diferenças na Carga Tributária e na Burocracia
🟢 Simples Nacional
- Carga: Depende da atividade e da faixa de faturamento. Pode variar de 4% até 33%.
- Burocracia: Baixa em relação aos outros regimes. Poucas declarações, porém obrigações trabalhistas se mantêm.
🟡 Lucro Presumido
- Carga:
- Setor de serviços: cerca de 13,33% a 16,33%.
- Comércio: aproximadamente 8,93% a 12,93%.
- Burocracia: Moderada. Mais simples que o Lucro Real, mas exige entrega de várias obrigações acessórias como DCTF e EFD Contribuições.
🔴 Lucro Real
- Carga:
- Depende do lucro real efetivo. Se o lucro for baixo, pode pagar menos que no Presumido.
- Caso contrário, pode ser mais oneroso, especialmente pela alta de PIS e COFINS (1,65% + 7,6%).
- Burocracia: Elevada. Controle rigoroso da contabilidade, escrituração completa, provisões, ajustes fiscais e acompanhamento mensal/quadrimestral.
🎯 Como Escolher o Melhor Regime para sua Empresa?
✔️ Fatores a considerar:
- Faturamento anual
- Margem de lucro efetiva
- Quantidade de despesas e custos dedutíveis
- Tipo de atividade (comércio, indústria ou serviço)
- Riscos fiscais e custos de manutenção contábil
📌 Regras gerais:
- 🟢 Simples: Ideal para pequenas empresas com faturamento até R$ 4,8 milhões e poucas despesas complexas.
- 🟡 Lucro Presumido: Vantajoso para empresas com margem de lucro alta e controle mais simplificado.
- 🔴 Lucro Real: Mais indicado para empresas com margem de lucro baixa, setores com muitas despesas dedutíveis ou obrigatórias por lei (como bancos, seguradoras, holdings patrimoniais, entre outros).
🚨 Atenção! Um erro na escolha do regime pode gerar:
- Pagamento de mais impostos do que o necessário
- Aumento de burocracia desnecessária
- Risco de autuações fiscais por descumprimento das obrigações acessórias
A escolha do regime tributário vai muito além de simplesmente pagar menos imposto. Ela envolve entender profundamente as obrigações fiscais, contábeis, trabalhistas e acessórias que cada modelo exige.
🔍 É fundamental ter uma contabilidade especializada, que não só execute as obrigações, mas também te ajude no planejamento tributário, na análise financeira e na gestão estratégica do negócio.
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