Cultura de empresa familiar

Dentro de um negócio de família, a cultura e o clima organizacional estão diretamente relacionados à missão, visão e valores da empresa, influenciando consideravelmente no seu modo de gestão.

No empreendimento familiar, os principais tipos encontrados nesse sentido são:

1. Cultura paternalista

Tipo muito comum no Brasil, mantém as relações de subordinação organizadas hierarquicamente e com certa rigidez. Dessa forma, as lideranças são sempre exercidas por membros da família, que são totais detentores de poder e tomadores de decisão. Isso independe da qualificação. Portanto, os colaboradores não têm espaço para questionamentos ou participação, apenas obedecem ordens.

2. Cultura Laissez-faire

Nessa cultura mantém-se a relação de hierarquia e o poder dos familiares para as decisões estratégicas (liberalismo econômico). Porém, os colaboradores são considerados de confiança e podem decidir sobre os meios para alcançar os objetivos da empresa.

3. Cultura participativa

Nessa cultura os membros da família não são tratados de maneira diferenciada. Por isso, há abertura para participação dos colaboradores e os interesses do grupo são os norteadores do negócio.

4. Cultura profissional

Nessa cultura, a profissionalização da gestão e demais funções é um cerne da empresa. Portanto, o envolvimento da família pode ser apenas indireto.

Onde investir em família?

A primeira regrinha básica para quem vai dividir o mesmo espaço é: separar os assuntos familiares. Outra dica é saber ouvir opiniões, independente se a pessoa é mais velha ou mais jovem dentro da empresa. A falta de comunicação ocorre com frequência quando a empresa familiar é gerida por diferentes gerações.

Além disso, em um negócio de família é preciso estabelecer a remuneração aos sócios por seu trabalho na empresa, assim como os salários dos familiares e colaboradores que atuam no local. Isso evita conflito e ainda possibilita que você tenha conhecimento dos gastos com salários no mês.

Como deve funcionar uma empresa familiar?

Em um empreendimento familiar, alocar pessoas dentro das funções corretas é uma das missões mais importantes de qualquer administração. Se uma pessoa despreparada ocupa um cargo de gestão, por exemplo, os riscos de que os resultados da empresa sejam afetados são imensos.

Basta uma decisão equivocada para colocar anos de planejamento a perder. E todos sabemos que decisões acertadas demandam análise e conhecimentos prévios. o desempenho organizacional baseado em um planejamento financeiro forte é um fator fundamental para que as empresas familiares obtenham sucesso.

Essa situação não é diferente quando se trata da gestão de empresa familiar. Há empresários que destinam os melhores cargos a filhos ou sobrinhos, por exemplo, ainda que a formação dessas pessoas não se relacione com as funções exigidas.

Por mais que se queira dar uma função a diversos familiares, é preciso analisar as competências e as exigências de cada função. Se for o caso, é necessário estimular a busca por mais qualificação por parte dos familiares, de modo a assegurar que cada um esteja apto a desenvolver suas funções.

Quais as vantagens de uma empresa familiar?

Ter uma empresa familiar para muitos pode ser uma dor de cabeça, mas se a família tem um propósito em comum, podem crescer juntos e desenvolver o negócio. Conheça as vantagens de ter uma empresa com a sua família:

  • Interesses comuns.
  • Confiança mútua e autoridade definida e reconhecida.
  • Facilidade na transmissão da informação.
  • Flexibilidade de processos.
  • Projetos a longo prazo.
  • Permanência da cultura e dos valores:
  • Maior dedicação e envolvimento pessoal.

Desafios da gestão e conflitos em uma empresa familiar

Liderança: coloque na balança as qualidades pessoais de cada indivíduo, para saber que gerir e administrar a empresa de forma organizada e com estratégia é o melhor caminho;

Defina regras: para que uma empresa cresça e tenha bons resultados, é indispensável a existência de regras que determinem como os membros da organização irão se portar;

Planejamento: é preciso  traçar e definir metas e objetivos que devem ser sempre de conhecimento de todos, como também definir a missão, visão e os valores da empresa como prioridade dentro do planejamento, visto que norteará o dia a dia de todo o negócio;

Salários: assim como nos casos em que a empresa é constituída por uma só pessoa, a empresa familiar não deve ter todo o seu lucro tratado como fonte de renda dos sócios. Pelo contrário, é essencial que os pró-labores estejam previstos nas planilhas de gastos, sendo que a diferença deverá sempre ser aplicada no próprio empreendimento;

Controle financeiro: depois de ter acordado os salários e pró-labores da empresa é hora de fazer o planejamento financeiro. Esse controle é uma das partes mais importantes da organização. Afinal, sem dinheiro a empresa está fadada ao fracasso;

Atribuições e funções: dar ciência sobre o cargo e quais as suas principais atribuições, para cada um, é realmente importante para que todas as tarefas caminhem sem problemas;

Decisões conscientes: tomar cuidado para não misturar emoções e situações do dia a dia familiar com empresarial. É preciso ser extremamente sábio e paciente para não incorrer em erros e misturar as coisas;

Alinhamento de interesses: para se manter no mercado, na maior parte das vezes, será necessário pôr em primeiro plano o interesse da organização e não o que cada um pensa. Focar nos resultados e nas melhores trajetórias para atingi-lo é o plano essencial do crescimento de uma empresa familiar.

Nós da Mco contábil podemos te ajudar no processo de gestão empresarial do empreendimento familiar.