De acordo com um levantamento nacional realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), os consumidores que estão em mais de 90 dias de atraso com a quitação de contas demonstram que a inadimplência altera o estado emocional de forma negativa.
Outro importante dado apontado por essa pesquisa diz respeito ao fato de que as dívidas afetam de forma direta a saúde, relações sociais e a atuação profissional dos colaboradores.
Esse estudo ainda aponta que 15,9% dos indivíduos com contas em atraso se tornam mais desatentos e sofrem queda da produtividade no trabalho ou nos estudos. Por outro lado, 12,6% demonstram desequilíbrio emocional ao se tornarem mais agressivos.
Todos os dados levam à conclusão de que os problemas financeiros são preocupantes tanto para o colaborador quanto para a organização em que ele atua profissionalmente. Pois, é comum que empregados com problemas dessa natureza requeiram, constantemente, o aumento salarial, o adiantamento salarial ou do 13º salário ou mesmo a dispensa a fim de ter acesso às verbas rescisórias.
Dessa forma, ao promover a educação financeira dentro do ambiente corporativo, o empregado não se distrairá com problemas relacionados à vida econômica e poderá concentrar sua mente na resolução de problemas e execução de atividades de trabalho.
Algumas ferramentas que ajudam na educação financeira
Agora que você já sabe a importância da educação financeira, daremos algumas dicas de como colocar isso em prática utilizando ferramentas eficientes que fazem um excelente controle financeiro. Confira!
Aplicativos e planilhas
Existem inúmeros aplicativos e modelos de planilhas disponíveis, tanto gratuitamente quanto pagos, no mercado. Por meio deles, é possível categorizar despesas, elencar prioridades, definir os objetivos, controlar as contas e investimentos, entre outras funcionalidades.
Educação emocional
Para reduzir o seu consumo financeiro é preciso também controlar suas emoções. Para isso, você deverá aprender a lidar com elas de forma eficiente, educando-se emocionalmente. O primeiro passo é a autorreflexão e, em seguida, você pode utilizar as seguintes técnicas:
- Identificar gatilhos: quais são as emoções, os pensamentos e as ações que fazem com que você gaste seu dinheiro? Quais o motivam a poupar? Elimine todos os gatilhos negativos e busque formas de incluir os positivos no seu dia a dia;
- Focar a respiração: se você perceber que está ficando impulsivo em uma situação de compra, volte sua atenção à respiração. Este exercício te ajudará a reduzir os níveis de ansiedade;
- Criar roteiros de ações: depois de listar todos os gatilhos de consumo, crie um plano escrito sobre as atitudes que você pode ter para não cair em tentação;
- Procurar distrações: se está muito difícil resistir a uma compra, se distraia com alguma outra coisa.
SMART
A técnica SMART é um método inteligente de criar objetivos para realizar processos e alcançar resultados. Traduzindo livremente, a sigla significa “esperto” em inglês. Para cada letra, há um requisito para a meta:
- Specific (específica): ela deve ter um objeto bem determinado;
- Measurable (mensurável): deve conter um resultado numérico que pode ser acompanhado no dia a dia com suas planilhas e aplicativos;
- Attainable (alcançável): é preciso que a meta seja realista em relação aos seus recursos atuais e capacidade de gerar receita. Não adianta pensar em algo totalmente fora do seu orçamento ou que demande uma jornada de trabalho de 12 horas por dia;
- Relevant (relevante): deve resolver problemas atuais, ter um impacto muito positivo na sua vida ou estar relacionada a algum sonho ou motivação profunda;
- Time-based (temporal): é essencial estabelecer um prazo final para a sua conquista.
Como promover a educação financeira dos colaboradores?
Conforme demonstramos mais acima, a importância do controle financeiro e do conhecimento de como isso pode ser obtido é essencial para a saúde da organização. Então, qual é a melhor forma para promover essa ação dos colaboradores e quais ações podem auxiliar nisso?
Confira abaixo algumas dicas para colocar em prática a educação financeira dos colaboradores!
1. Incentive seus colaboradores
Para incentivar os colaboradores a cuidarem das finanças, é possível demonstrar formas de cuidar melhor do salário e de onde e como ele é aplicado. Ressaltar a importância sobre anotações quanto a todas as fontes de rendas e de todos os gastos ao longo do mês para o controle de quanto entra e quanto sai.
2. Ofereça um programa de educação sobre finanças
Promover palestras, workshops e treinamentos dentro da empresa podem estimular a mudança de postura e de pensamentos. E, consequentemente, novas práticas financeiras.
Além disso, eventos externos à empresa que sejam dessa natureza podem ser de grande auxílio. Em diversos setores é possível que o colaborador reflita a mudança no próprio trabalho, pautando pela economia e sustentabilidade do ambiente de trabalho.
3. Estimule-os a pensar na causa dos problemas financeiros
É necessário que o colaborador seja estimulado a pensar e refletir quanto à causa dos problemas nas finanças que ele vem enfrentando. Isso porque a educação financeira não se limita ao investimento do dinheiro e o que fazer com ele, como em caso de aplicações, aumento de renda e outros.
É de fundamental importância que o colaborador reveja seus gastos, estipulando suas prioridades.
4. Ofereça a opção de contratar o crédito consignado privado
É possível que a empresa facilite um tipo de crédito cuja parcelas de quitação são descontadas diretamente do salário do colaborador que já se encontra em dificuldade financeiro. Assim, é possível que os problemas que já estão presentes sejam resolvidos ou, ao menos, amenizado, com a possibilidade de cuidados e atenção ao futuro financeiro do colaborador.
Esse tipo de crédito é fruto de parcerias entre as empresas privadas e instituições bancárias e tem como vantagem o fato de que possui taxas mais baixas do que os empréstimos comuns, em como prazos maiores e desconto direto na folha de pagamento.
É possível assegurar a satisfação e motivação dos empregados da organização financeira e auxiliar a aumentar a produção, bem como a qualidade dela e reduzindo a rotatividade na equipe, tornando o ambiente de trabalho mais leve, agradável e retendo talentos.
O que educação financeira tem a ver com investimentos?
Investimento é qualquer gasto ou aplicação de recursos que produza um retorno futuro. E se engana quem pensa que para começar investir é preciso já ter muito dinheiro. Isso não poderia estar mais errado: qualquer um pode investir, não importa a quantia que tenha. Ao longo dos anos, você começará a ver o retorno do investimento.
A educação financeira aliada a investimentos certos pode proporcionar um futuro bem mais tranquilo.
Confira abaixo 3 passos para começar a investir!
- É muito importante ter em mente que os investimentos dão retorno a médio e longo prazo. Ou seja, não espere ganhar muito dinheiro de um dia para o outro;
- O investimento precisa se tornar um hábito. Separe uma quantia por mês, ainda que um valor pequeno;
- Procure uma instituição financeira e analise as opções que ela oferece para investir seu dinheiro, de acordo com seu perfil de investidor.